sábado, 3 de setembro de 2016

O Caos Primordial - Prólogo

     O buraco possuía uma boca larga, de dentro subiam discretos fios de vapor amarelado e malcheiroso. Com dificuldade, agarrou a corda cheia de nós.
- Podem me descer. Exclamou. 
     Os trabalhadores fizeram girar as roldanas e lentamente o homem desceu caverna a dentro.
     A medida que descia, ficava cada vez mais frio e escuro. Somente as tochas emitiam um brilho pálido, ofuscado pela escuridão. 
- Senhor Jharkov, tenha cuidado, o terreno está instável. Disse o operário que girava o dispositivo de elevação. 
     O homem finalmente chegou ao fundo do buraco. Próximo dali, uma parte dos mercenários fazia a segurança. 
     Um dos mercenários se adiantou e apontando para uma porta de pedra semidestruida disse:
- Senhor, tivemos que usar magia para conseguirmos entrar. Haviam alguns golems que tivemos que destruir. Deviam estar protegendo algo muito valioso ou perigoso. 
     Jharkov prosseguiu e seguiu o iluminado corredor ate uma camara aberta na pedra. Aqui, mais mercenarios faziam a segurança do local. No canto sul, um sacerdote entoava cânticos enquanto esmagava alguns diamantes a fim de reviver seus companheiros caídos. Jharkov pensou, esta empreitada esta ficando muito cara. 
     Então um jovem mago, vestindo robes verdes se aproximou do velho homem e apontou para uma passagem que levava para uma camara de igual tamanho. 
     A outra camara era o descanso final de algum herói da antiguidade. As paredes estavam repletas de antigas escrituras e pinturas variadas. No centro da sala havia um sarcófago de pedra com a tampa partida ao lado. 
      Jharkov olhou o sarcofago, nele havia um corpo ressecado, vestido com uma roupa nobre. Joias diversas o adornavam. Mas o que mais chamou atenção foi um pequeno bastão negro, repleto de runas, e com as duas extremidades entalhadas, como se tivesse sido quebrado.
      Olhando ao redor, na direção das paredes e suas pinturas pode reconhecer algumas coisas, sinais de uma grande batalha, a palavra Pesh, aranhas e lobos...
      Ficando ofegante e taquicardico voutou os olhos para o pequeno bastão e o segurou nas mãos. 
      De repente o fundo da sala brilhou uma luz avermelhada e mudou. Não era mais o fundo da sala e sim um estranho pântano de arvores sinistras. Desse local começaram a se materializar estranhas criaturas de uma forma obscena que ele se recordava muito bem. 
- Vocês não vão pegar isso. Ele correu na direção da saída  enquanto os mercenários entravam na sala para deter os monstros. Enquanto conjurava uma porta dimensional pensou:
- Meus superiores precisam saber disso urgentemente, toda a criação corre perigo!!!